O governador em exercício José Eliton disse em entrevista ao Diário da Manhã, publicada nesta segunda-feira, que “aquilo que alguns denominam guerra fiscal, nós entendemos como desenvolvimento regional”. Ao jornalista Helvécio Cardoso, ele avalia que incentivos fiscais foram importantes para alavancar o processo de desenvolvimento do Estado. “Desde a década de 1980 até os dias atuais, se pegarmos os dados do PIB do Estado, está muito claro. Saltamos de R$ 19 bilhões para R$ 148 bilhões em 2014”, afirma.
O governador em exercício explica que Goiás pode lançar mão de muitos instrumentos para criar melhores condições de competitividade, o que interessa para o empreendedor. “Como governo, nos cabe criar um ambiente adequado para o crescimento de determinados negócios e garantir a dinâmica da economia. Na medida em que conseguimos estabelecer um estado com forte crescimento econômico, garantimos a geração de empregos. Isso é democratizar a renda: fazer com que os recursos girem e aumentem a qualidade de vida da população”, conclui ele.
A respeito de como Goiás enfrenta a crise nacional, disse que desde o final do ano passado o governo do estado se preparou para esse cenário. “O governador Marconi Perillo fez a maior reforma administrativa entre todas as unidades da federação”, afirma. “Reduzimos significativamente o tamanho do estado, para apenas 10 secretarias. Temos hoje a menor estrutura entre todos os estados brasileiros”, analisa.
José Eliton observa ainda que, em fevereiro deste ano, o governo começou um forte ajuste fiscal, reduzindo drasticamente diversos tipos de despesas, como diárias, gratificações, custeio e corte drástico no número de comissionados. “Todas essas medidas importaram numa economia de mais de R$ 800 milhões aos cofres do Estado”, relata.