sábado , 17 agosto 2024
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O Popular recupera a credibilidade com a edição desta segunda sobre as manifestações, depois de apostar no domingo em “acirramento”, “clima de tensão” e “violência política”

A edição desta segunda-feira de O Popular parece ser a de um jornal editorialmente bem diferente daquele que circulou no domingo – em que as iminentes manifestações foram analisadas sobre o enfoque de uma “polarização” ou um “acirramento” e, pior ainda, aconteceriam em “clima de tensão” e de “violência política”.

Termos como esses abundaram na matéria escrita por Fabiana Pulcineli, no domingo, parecendo intencionalmente escolhidos para provocar, em quem leu o texto, o temor de comparecer aos protestos e correr o risco de alguma ameaça física.

Mas as manifestações vieram e, não só em Goiás, como em todo o Brasil, não houve “acirramento” algum. Nem “clima de tensão”. E muito menos “violência política”. Na capital goiana e no resto do país, milhões acorreram às ruas para protestar contra a sujeira do PT e pedir o impeachment de Dilma.

O outro enfoque que O Popular deu, na edição de domingos, aos protestos que naquele momento ainda estavam por vir, também foi jogado por terra. A repórter Fabiana Pulcineli investiu pesado em “polarização” e “radicalização”, sugerindo com todas as letras que o Brasil estaria “dividido”.

Mas os protestos jogaram essa tese por água abaixo. Se houver divisão, a conta é muito desfavorável para Lula, Dilma e o PT. Hoje, como disse a jornalista Renata Lo Prete na Globonews, “a narrativa do país dividido é uma estratégia do governo”. Segundo Lo Prete, “essa narrativa foi sepultada pelas manifestações. O que aconteceu nas ruas deixou claro que não há divisão: há o apoio maciço e majoritário à ideia de tirar Dilma e o PT do poder”.

Portanto, foi um erro histórico de O Popular e de Fabiana Pulcineli em um dia histórico como este domingo, 13 de março. Mas o “mea culpa” de O Popular está na edição desta segunda, que define as manifestações como as maiores da história do país e de Goiás e conclui, no editorial, que não há como não ver os protestos como a maior derrota que o PT já teve no país. E nenhuma palavra sobre divisão, acirramento, tensão ou polarização.

Em tempo: não há, na edição desta segunda de O Popular, qualquer texto de Fabiana Pulcineli. Ela foi excluída.

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