O deputado federal Rubens Otoni (PT) é contra. O colega de bancada Célio Silveira (PSDB), a favor. Independente da análise do mérito da discussão sobre o impeachment, o que importa é que os dois parlamentares tiveram a coragem de assumir posições claras. Ao contrário do deputado Daniel Vilela (PMDB), que num ato de covardia declara-se em cima do muro.
De acordo com reportagem do jornal O Popular deste terça-feira, Daniel aguarda o posicionamento oficial do seu partido para se definir. Em outras palavras: escuda-se no comportamento reconhecidamente fisiólogico – e historicamente criticado – do PMDB, que só abandona o barco nos últimos minutos antes do naufrágio. Um partido que faz de tudo para manter seus cargos e mordomias no governo, ainda que seja um governo contra o qual alguns de seus membros conspirem pelas costas.
Este é o deputado Daniel: um político que se rotula novo e agente da mudança, mas que se pauta por práticas comuns a políticos velhacos e matreiros. Taí a prova de que é mais velho do que quase todos os outros colegas de bancada.