O anúncio da Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP, fornecendo o telefone, o email e os endereços do deputado federal Jovair Arantes na internet para que ele seja alvo de pressão popular a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff configura uma tremendo erro tático da maior instituição de representação do empresariado no Brasil.
Apesar da posição delicada em que foi atirado ao aceitar a relatório da Comissão do Impeachment e da tremenda pressão que se desencadeou sobre ele, Jovair Arantes tem mostrando equilíbrio e serenidade – e muito, mas muito mesmo.
Até agora, ele não cometeu um único erro ou deslize sequer. Não se esquivou da imprensa nem das entidades classistas, como o encontro que teve na última segunda-feira na Federação do Comércio do Estado de Goipás – FECOMÉRCIO, onde foi ovacionado por uma plateia de empresários.
A fala do deputado agradou em cheio: “A pressão popular e o interesse público se sobrepõem a qualquer interesse individual”, disse ele. E acrescentou que ninguém pode ser “cego e surdo e não escutar o barulho que está nas ruas”.
Além de ignorar as qualidades demonstradas por Jovair Arantes desde que assumiu a relatoria da Comissão do Impeachment, o anúncio da FIESP sugere que ele não seria confiável para a função e estaria ocultando sua posição – algo que Jovair Arantes só pode revelar quando apresentar o seu parecer, para o qual, em tese, está colhendo subsídios na atual fase dos trabalhos da comissão.
A FIESP errou.