A Mitsubishi de Catalão já demitiu, de um ano para cá, 1.400 trabalhadores.
No momento, abalada pelo escândalo das propinas que os seus donos e diretores pagaram para reduzir multas aplicadas pela Receita Federal e também derrubada pela queda nas vendas de veículos, a Mitsubishi acaba de lançar um programa de demissão voluntária – a alegação é que ainda há excedentes no seu quadro de pessoal.
Pelas fraudes fiscais em que se envolveu, a Mitsubishi de Catalão deve ser condenada a recolher tributos atrasados, multas, correção monetária e juros no valor de quase R$ 1 bilhão de reais. Já denunciados à Justiça Federal, seus donos e dirigentes devem amargar condenações pesadas.
Ao desandar, a Mitsubishi jogou Catalão, tradicionalmente um município diferenciado do resto das cidades goianas pela prosperidade, em uma recessão profunda e deve se transformar em tema da campanha eleitoral – o candidato de oposição, deputado estadual Adib Elias, do PMDB, já adiantou com bom humor que acusará o seu adversário, Jardel Sebba, do PSDB, de ser uma espécie de “pé frio” que conseguiu enterrar até a maior empresa de Catalão.