A consolidação do apoio do PSDB nacional ao presidente Michel Temer, inclusive com a participação de tucanos na equipe ministerial, representou um duro golpe nas pretensões do senador Ronaldo Caiado e do PMDB goiano, que pretendiam pressionar o novo governo para impedir qualquer ajuda ao governador Marconi Perillo e a Goiás.
Ronaldo Caiado, do DEM, partido inexistente em Goiás, e Daniel Vilela, do PMDB, já vinham articulando, por exemplo, no sentido de inviabilizar a privatização da Celg – preocupados com o aporte de uma soma expressiva de recursos para o caixa do Estado.
Os dois, inclusive, tentam uma audiência com Michel Temer, desde já, para exigir – como contrapartida do apoio que Caiado e a bancada federal do PMDB (na verdade, apenas 2 votos, o de Daniel Vilela e o de Pedro Chaves), deram e estão dando ao impeachment – como contrapartida a suspensão do processo de privatização da Celg. Até agora, o vice-quase-presidente não recebeu os dois parlamentares goianos e, para complicar as coisas para eles, já anunciou que a sua administração vai “privatizar tudo o que for possível”, com o objetivo de destravar o setor de infraestrutura do país.
Mas, agora, o mais importante será o anteparo que o PSDB, ao assumir posição de força dentro do governo Temer, proporcionará ao governador Marconi Perillo e a Goiás, impedindo qualquer ação para desviar recursos ou atrapalhar os interesses do Estado em Brasília.