O fracasso da maioria esmagadora dos atuais prefeitos goianos traz um novo desafio para a classe política estadual: gestões convencionais, que apenas recolhem o lixo e mal tapam os buracos das ruas, não servem mais para os municípios.
Não há um único caso de administrador municipal, por esse Goiás afora, que possa ser destacado como exemplo de inovação ou sequer de atendimento das necessidades mínimas da populações das cidades.
O fiasco está por toda parte, nos municípios grandes (veja, leitor, o exemplo de Goiânia), médios e pequenos. Chegamos a um ponto em que Prefeituras distribuem releases festivos noticiando formaturas de costureiras ou a construção de calçadões como se fossem programas ou obras capazes de mudar para melhor a realidade dos cidadãos locais.
Há pouco dias, o prefeito de Trindade, Jânio Darrot, promoveu uma festa de arromba para… entregar um CMEI em um bairro de Trindade. Um CMEI deveria ser encarado como obra de rotina, obrigatória, geralmente com prevalência de recursos federais, mas, no cenário de desolação dos municípios goianos, hoje em dia, transformou-se em motivo de “orgulho” para uma administração municipal.
O fiasco é generalizado. Motivo? Incompetência, equipes medíocres atuando nas Prefeituras, parenta influenciando a administração, falta total e absoluta de planejamento e, sobretudo, despreparo gerencial. O preço a ser cobrado, nas urnas de outubro próximo, será alto.