Nos últimos quatro anos, o vereador Paulo Magalhães (PSD) foi um dos mais importantes escudeiros do prefeito Paulo Garcia (PT) na Câmara Municipal de Goiânia. Mas bastou que o petista levantasse da cadeira de prefeito para que o vereador abrisse a boca para dizer o que realmente pensa do aliado: “Pode ser um bom médico, mas é um péssimo político”.
Magalhães afirmou ao Jornal Opção, em nota publicada neste domingo, que ter apoiado Paulo Garcia custou muito caro para ele: “Deixou muito a desejar na parte política, faltou respeito aos companheiros que durante esses quatro anos se queimaram. Eu deveria ter 8, 10 mil votos e tive 4 mil e pouco, quase que perco a eleição. Faltou a parte política de reconhecimento”.
Na sessão plenária do dia 11 de maio de 2016, a opinião do vereador a respeito do agora ex-prefeito era radicalmente diferente. “É um excelente gestor, faz um excelente trabalho por Goiânia. Ele e Iris Rezende são os melhores prefeitos que Goiânia já teve. Quem o critica é porque tem inveja ou está a serviço de alguém”.
Como definir Paulo Magalhães? Amigo da onça? Cara de pau? Ou apenas o retrato do que é o mundo político, em que os poderosos agem conforme as circunstâncias e mudam de opinião como mudam de gravata?