Os marqueteiros que trabalham para o governo do Estado escorregaram no português e batizaram o ambicioso programa de investimentos que o governador Marconi Perillo lança no próximo dia 30 de “Projeto Goiás na Frente”.
O plano é sensacional e realmente coloca Goiás na dianteira do processo de recuperação da economia brasileira, ao alocar cerca de R$ 6,4 bilhões para aplicação em obras e projetos em todo o Estado, desde a duplicação de rodovias até a construção de hospitais.
Só que os publicitários não entenderam a proposta e resolveram colocar Goiás “antes” ou “anteriormente” aos outros Estados, o que é o significado da expressão “na frente”, conforme os compêndios gramaticais. Se for para Goiás sair na dianteira, no lugar contrário à traseira, na vanguarda ou mesmo no comando de um novo salto de desenvolvimento que se desenha para o país, como pretende o governador Marconi Perillo, eles deveriam ter corretamente escrito “Goiás à Frente” e vender a ideia de dinamismo que o programa pretende encarnar.
E não venham com a tradicional desculpa de que se tratou de utilizar uma linguagem coloquial. Em matéria de Língua Portuguesa, o que está errado… está errado e governo, principalmente, não pode dar mau exemplo.