Jornais, blogs, jornalistas e políticos de um modo geral concordam com uma avaliação: a divulgação das delações da Oedebrecht tiveram o efeito de um balde de água fria sobre a discussão da sucessão de 2018 em Goiás, que vinha fervendo tanto na base aliada do governador Marconi Perillo quanto na oposição.
Dos principais candidatos, Maguito e Daniel Vilela levaram um tirambaço no peito. Ronaldo Caiado tomou um disparo de raspão. E o vice-governador José Eliton, que há havia sido baleado de verdade, escapou incólume, porém nem tanto, já que o seu principal apoiador, o governador Marconi Perillo, também foi acusado pelos ex-executivos da empreiteira.
Falar ou articular com vistas às eleições de 2018, portanto, acabou perdendo a graça e a circunstância. Mas isso não é totalmente ruim. Na verdade, pode ser até positivo porque os principais pré-candidatos vinham encaminhando o assunto de um jeito errado, privilegiando a questão dos nomes e pouco se lixando para as propostas para o futuro de Goiás.
E havia uma corrida maluca atrás dos 246 prefeitos, como se eles pudessem ser os grandes artíficies dos resultados do ano que vem. Não são e não serão. Prefeitos são o elo mais fraco da corrente social e tanto que a história mostra que, em 1998, o jovem Marconi Perillo venceu com o apoio de apenas 33 prefeitos, contra 213 que apoiavam o todopoderoso Iris Rezende.
Aproveitem a pausa, senhores candidatos, para uma reflexão sobre o que realmente importa: Goiás e os goianos.