O prefeito Iris Rezende (PMDB) já vetou 42 projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal em 2017, de acordo com levantamento publicado pelo jornal O Popular. O número equivale a 16% de tudo que os vereadores aprovaram na Casa.
O número é considerado alto e reflete o mau momento na relação entre os poderes Executivo e Legislativo na Capital. Vereadores acusam Iris se ser negligente no trato dispensado a eles e de não dialogar com a Casa. As evidências corroboram a acusação: pela primeira vez, um prefeito passou os primeiros nove meses de mandato sem um líder na Câmara, o que é inédito e é visto por alguns como menosprezo.
O protocolo jurídico dá à Câmara a última palavra nestas discussões. Ou seja: é o plenário quem decide se o veto do prefeito a determinada matéria permanecerá ou não. Vários já caíram em demonstração de força dos vereadores ao Paço Municipal, mas o embate mais importante do ano ainda está por vir: o veto de Iris a projeto de Elias Vaz (PSB) que proíbe o aumento de IPTU e ITU a taxas maiores do que a inflação em Goiânia.
No caso do iPTU contínuo, Iris promete não deixar a discussão se exaurir na análise do seu veto e diz que, se ele for derrubado, levará o assunto às Cortes de Justiça. Nos bastidores o prefeito reclamam que os vereadores estão usando a receita da cidade para ameaçá-lo e mandar recados.