Reportagem publicada no jornal O Popular desta segunda-feira de Natal afirma que a discussão fulanizada a respeito de candidaturas na oposição travou o processo que realmente interesse a Goiás, que é a apresentação de propostas.
O texto diz: “indecisão entre ter candidato único ou lançar duas frentes divide siglas da oposição e trava debate programático interno, que deve ficar centrado nesta definição nos próximos meses”.
Ala majoritária do PMDB defende que a oposição tenha dois candidatos: o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (PMDB). Já os aliados de Caiado, líder nas pesquisas, defendem que a oposição só terá chances contra poderosa máquina do governo – capitaneada por José Eliton (PSDB) – se estiver unida.
Ouvido pela reportagem, o cientista político Robert Bonifácio, da Universidade Federal de Goiás (UFG), faz duas ponderações a respeito de Caiado: a primeira é a de que ele se beneficiou pela onda conservadora que tirou Dilma Rousseff (PT) do poder e alçou Jair Bolsonaro (PSC) à segunda colocação das pesquisas de intenção de voto para presidente da República.
A outra ponderação é a de que o partido dele, o Democratas, tem uma estrutura muito pequena em Goiás (hoje são sete prefeitos num universo de 246) e que, sem o apoio do PMDB, suas chances serão pequenas. “O DEM em Goiás é pequeno e não tem estrutura, coisa que os Vilela e o PMDB têm. Assim, o apoio do PMDB é vital para Caiado, pois sem palanque no interior a campanha se dissipa”.