O governo de Goiás tomou a importantíssima decisão de mudar a hierarquia da comunicação no Estado. Conforme decreto publicado nesta quarta-feira pelo Diário Oficial, os chefes de comunicação setorial (jornalistas responsáveis pela assessoria em cada uma das áreas da administração) agora estão subordinados ao Gabinete de Imprensa da Governadoria, e não mais aos secretários.
Ao longo de 7 anos, prevaleceu uma distorção que causou sérios danos ao trabalho do governo: cada um dos secretários tinha plenos poderes para escolher, nomear e demitir os seus chefes de comunicação, o que criou feudos isolados e que agiam cada um por si.
Em resumo, estes jornalistas hoje preocupam-se apenas em agradar os seus chefes imediatos e ignoram a necessidade de se trabalhar pelo governo, como um todo. Há reportagens de prestação de contas produzidas no fim do ano passado que chegaram ao acinte de sequer citar o governador Marconi Perillo (PSDB) – é óbvio que isso não passou ao largo do crivo do Palácio das Esmeraldas.
O próximo passo do governo – e não duvidem que isto vai acontecer – é a troca generalizada nas peças. Pode ser que um ou outro seja poupado, mas via de regra haverá novos chefes de comunicação setorial quando o vice-governador José Eliton (PSDB) assumir a chefia do governo, em abril.
Eliton e seus olheiros buscam, acima de tudo, profissionais dispostos a defender o governo e que tenham familiaridade com as redes sociais – coisa que alguns destes medalhões do jornalismo (para não dizer dinossauros) não têm.