Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomam nesta quarta (4) o julgamento sobre o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente Lula, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, São Paulo.
Em 2016, os ministros já haviam decidido que a prisão de condenados em segunda instância é permitida, mesmo que exista a possibilidade de recurso em instâncias superiores. Mesmo assim, sete ministros votaram pela análise do habeas corpus de Lula na Corte.
Para que o petista seja condenado, basta apenas a decisão do STF, já que na última segunda (26) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a condenação do ex-presidente em segunda instância. A decisão do Supremo desta quarta é bastante aguardada, principalmente por magistrados – como o procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.
Em uma rede social, Dallagnol afirmou que “o cenário não é bom”, por isso estará “em jejum, oração e torcendo pelo país”. O procurador declarou ainda que “uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além”.
Veja a postagem na rede social:
4ª feira é o dia D da luta contra a corrupção na #LavaJato. Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava Jato e além. O cenário não é bom. Estarei em jejum, oração e torcendo pelo país.
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) 1 de abril de 2018