O governador José Eliton recebeu, nesta terça-feira, 3, o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que participou de uma reunião, na sala de Situação do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com técnicos das secretarias de Governo ligadas diretamente ao setor exportador e, em seguida, esteve com o governador e alguns secretários, na sala de Cultura Dona Gercina Borges Teixeira, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.
José Eliton ressaltou que o encontro foi muito positivo. “Tratamos sobre a ampliação das relações comerciais internacionais de Goiás, seja para ampliar o mercado para os produtores goianos, para atrair investimentos para o estado ou para trazer novas tecnologias. Abrir o mercado goiano é gerar emprego e renda, é gerar oportunidades para um futuro melhor”, destacou.
Durante o encontro técnico, o secretário Executivo do Consórcio Brasil Central, Leonardo Jayme, fez uma explanação das principais potencialidades da economia goiana, apresentou números relativos às exportações, as metas dos estados que integram o Consórcio, o plano de metas de médio e longo prazos do Governo do Estado para o comércio internacional e pediu ao ministro Aloysio Nunes que ajude ainda mais o Estado de Goiás na abertura e ampliação de mercados e na apresentação dos seus produtos.
Aloysio Nunes, por sua vez, observou que a pauta de exportações goianas, com destaque para o agronegócio e minérios, tem forte apelo comercial no mercado mundial, com grande possibilidade de crescimento no continente asiático, com enfoque na China, e que é factível um apoio maior com vistas a ampliar a participação goiana. O secretário executivo do Consórcio Brasil Central lembrou que o Brasil é a 8ª economia mundial, mas ocupa apenas 26ª posição nas exportações (dados de 2016).
O presidente da APEX Brasil, embaixador Roberto Jaguaribe, defendeu que Goiás e os demais estados exportadores precisam criar um plano de intercâmbio comercial específico, voltado para a China, delimitando os interesses de cada um. Segundo dados do Instituto Mauro Borges de Pesquisas, percebe-se que Goiás já vem trabalhando nisso, porque nos últimos anos a China se tornou a maior parceira comercial do Estado. Esses dados apenas reforçam as observações do ministro Aloysio e do presidente da APEX.
Participaram também da reunião com o ministro e o governador os secretários Irapuan Costa Júnior (Segurança Pública), Fernando Tibúrcio (Casa Civil), Ricardo Balestreri (Assuntos Estratégicos), Armando Melo e Santos (Assuntos Internacionais), o superintendente de Comércio Exterior, Leonardo Risso Dib, o presidente da Goiás Fomento, Henrique Tibúrcio, o ex-governador Marconi Perillo e alguns auxiliares do governo.
Foram tratadas também, durante o almoço, ações estratégicas para ampliar intercâmbios de natureza cultural. O governador José Eliton afirmou que o objetivo é propiciar melhor relação com outros países, “seja individualmente com o estado de Goiás ou através do bloco do Consórcio Brasil Central, que tem, dentro de suas agendas, uma pauta importante na internacionalização dos estados-membros”.
Para ele, o potencial econômico de Goiás é indiscutível. “Pelo 54° mês consecutivo, nossa balança comercial é superavitária e esse resultado se dá pelo trabalho intenso do nosso setor produtivo e também pelos investimentos de empresas multinacionais aqui”, observou o governador.
Economia – As exportações goianas saltaram de US$ 384 milhões, em 1998, para US$ 6,9 bilhões em 2017, ampliando de 50 para 154 o número de países que negociam com Goiás. As missões internacionais realizadas pelo Governo de Goiás foram decisivas para a ampliação do comércio internacional, com um total de 38 países visitados nos últimos três anos.
Os números da balança comercial mostram que Goiás está no caminho do crescimento. O PIB goiano do último trimestre cresceu acima da média nacional, alcançando 1,8%, enquanto o do Brasil registrou, no período, crescimento de 1%. A safra goiana de grãos 2017/2018 chegará a 23 milhões de toneladas, com recorde na produção de soja, representando 10% da safra brasileira.
A produção industrial também cresce a uma taxa de 3,9%, com destaque para as indústrias químicas, metalúrgicas, de alimentos e farmacêuticas. Somente em março deste ano, o governo assinou protocolos de intenções com 20 empresários que vão desenvolver atividades no estado, com investimentos de R$ 698,5 milhões e previsão de geração de 1.736 empregos diretos. Outros 10 protocolos serão assinados nesta semana.