A guerra entre o funcionário público da prefeitura de Goiânia e o prefeito Iris Rezende (MDB) continua. Neste sábado, um dos principais aliados de Iris e presidente da Câmara de Vereadores, Andrey Azeredo (MDB), informou que não há a menor chance de a administração conceder a data-base para a categoria – que nada mais é do que a correção de perdas decorrentes da inflação.
Vale dizer que Iris se nega a reajustar o provimento do funcionalismo desde que assumiu o atual mandato, em 1º de janeiro de 2017. Alega dificuldades financeiras, apesar de gastos absurdos com publicidade e em ações desnecessárias, como os R$ 4,2 milhões para aquisição de um software que não funciona para a secretaria de Saúde.
Andrey também anunciou que os professores da prefeitura não receberão o piso salarial definido pelo Ministério da Educação. Nem Paulo Garcia (PT), considerado o pior prefeito da história de Goiânia, teve a ousadia de negar o piso para categoria. Em agosto, após as férias escolares, os professores se reúnem em assembleia para analisar indicativo de greve. Os servidores administrativos da Educação também estão na bronca. A lei diz que todos eles têm direito a adicional de 30% no salário, mas desde a posse não receberam um centavo deste dinheiro.
Mesmos subjugados, os sindicatos que supostamente representam os servidores não realizaram uma greve sequer para defender o direito do funcionalismo. Alguns dos dirigentes destas entidades são acusados de receberem benefícios pessoais e políticos para manter o silêncio. O Sindigoiânia, por exemplo, é presidido pelo vereador Romário Policarpo (PTC), que estranhamente é da base de apoio de Iris na Câmara.