O senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) prepara com sua equipe de transição um grande golpe contra a legislação dos incentivos fiscais. A meta do demista é mexer nas regras para, acredita, obter algo em torno de R$ 2 bilhões a mais de arrecadação no decorrer de 2019.
Essas informações emergem das conversações da equipe de transição, estão provavelmente corretas, mas é de Caiado o dever de dizer publicamente o que de fato quer e pretende fazer. Suas decisões sobre a matéria são aguardas com ansiedade pelo setor produtivo, serão objeto de análise pelos deputados estaduais – porque a Assembleia Legislativa tem que apreciar e votar a convalidação – e terão repercussão sobre dezenas de milhares de empregos formais em todo o Estado, mas em especial nos grandes centros urbanos de Goiás.
Caiado disse ontem em suas redes sociais que “está dialogando com a Adial em com os deputados estaduais para tratar da convalidação dos incentivos fiscais concedidos pelo Estado à iniciativa privada”. Nas vezes em que foi questionado por empresários e jornalistas sobre os meandros da legislação dos incentivos, Caiado não demonstrou nenhum domínio do tema. Resta saber se sabe mesmo a dimensão do que tem em mãos.