A professora Fátima Gavioli, escolhida pelo governador eleito Ronaldo Caiado como sua secretária de Educação, visitou a pasta na última quarta-feira (19), e assustou quem estava por lá. Antes mesmo de assumir o cargo, ela exigiu que todos os superintendentes, gerentes e chefes de núcleo entreguem os cargos no dia 31 de dezembro. No caso, a nova auxiliar, importada de Rondônia, estado que nem passa perto dos melhores índices do Ideb, desautoriza o próprio Caiado, que declarou recentemente que manteria num primeiro momento os comissionados para saber “quem é quem”.
O rompante da futura secretária deixou professores e servidores que estavam na Seduce de cabelos em pé. Afinal, legalmente, antes de ser empossada, Fátima não pode exigir que nenhum funcionário seja afastado do seu posto de trabalho. Além disso, ela contraria seriamente o governador eleito, que constituiu comissão específica para fazer a transição e que cumpre seu propósito dentre dos parâmetros republicanos.
O despreparo da professora é tão grande que, em entrevista à Rádio CBN, afirmou que “vai acabar com as mordomias da pasta e demitir boa parte dos servidores”. Fátima esquece que, sem os funcionários, a máquina pública pode parar e deixar a rede estadual de ensino mergulhada num verdadeiro caos.
A futura secretária também disse que vai mandar “muitos professores de volta para a sala de aula para que aprendam novamente a dar aula”. A fala foi vista pela categoria como uma grande falta de respeito para com os profissionais que atuam na rede pública de ensino de Goiás, consagrada como a melhor do país nos diversos levantamentos realizados para medir a qualidade do aprendizado nacional.