Entre as muitas pastas que seguem sem comando no governo Ronaldo Caiado está a Agrodefesa, um órgão estratégico no controle sanitário do rabanho bovino de Goiás, um dos maiores do Brasil. O órgão é responsável pelas campanhas de vacinação contra a febre aftosa, cuja ocorrência, em maior ou menor grau, determina a fatia do Estado no comércio ultra concorrido comércio mundial de carne.
Os agropecuaristas do Estado estão alvoraçados com a demora na escolha do novo presidente da Agrodefesa e preocupadíssimos com as consequências dela sobre o controle sanitário do rebanho. O setor de produção de carne emprega milhares de trabalhadores, tem expressiva participação no Produto Interno Bruto (PIB) e ainda sofre os efeitos da Operação Carne Fraca.
Para piorar o clima de apreensão, corre nos bastidores do setor agropecuário que Caiado vai incorporar a Agrodefesa à estrutura da Caiatop, aliás, Agetop, na reforma administrativa que enviará para a apreciação da Assembleia Legislativa em fevereiro. É uma reedição de medida adotada pelo governo Alcides Rodrigues (2007-10) e que, claro, fracassou.