A insatisfação com o governo Ronaldo Caiado (DEM) se amplia à medida em que o mandato dele avança. Depois dos aliados, servidores e empresários manifestarem, publicamente e nos bastidores, a contrariedade com a condução arrogante da gestão, lideranças graduadas da Igreja Católica e das denominações evangélica começam a reclamar da postura do governador.
A contrariedade é expressa mesmo pelos líderes religiosos que apoiaram Caiado durante o processo eleitoral. O resultado inevitável é a comparação com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que comandou o Estado mantendo grande proximidade e interlocução com as lideranças dos diferentes segmentos religiosos. As lideranças cristãs já manifestam, assim, “a saudade de Marconi”.
A julgar pela onda de críticas a Caiado nas redes sociais, a crescente rejeição ao novo governo não se restringe ao funcionalismo. A insatisfação é geral, um sentimento que aumenta a cada nova trapalhada da administração. O calote na folha de dezembro comove empresários e os demais trabalhadores e abre caminho para todo tipo de reclamação e cobrança.
O respaldo das instituições religiosas é estratégico para qualquer governo, porque seus líderes são fortes formadores de opinião, capazes de aumentar ou diminuir o nível de insatisfações de seus fiéis e seguidores em momentos de crise.