O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (28), a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que concluiu que o ex-presidente teve violados os direitos políticos e a garantia de um julgamento imparcial durante a Operação Lava-Jato.
“Hoje estou feliz, a decisão do tribunal da ONU lavou a minha alma. E eu só quero que a imprensa, que divulgou tantas mentiras sobre mim, peça desculpas e admita que foi enganada por Moro e Dallagnol”, disse Lula.
Segundo a decisão da ONU, a conduta do ex-juiz Sergio Moro e atos públicos do ex-ministro responsável pelas decisões da Lava-Jato em 1ª instância – e dos procuradores da operação violaram, ainda, o direito de Lula à presunção de inocência.
A comissão também considerou que as “violações processuais” da Lava-Jato tornaram “arbitrária a proibição a Lula de concorrer à Presidência”.
A ONU ainda pode publicar, nos próximos dias, medidas para reparar os danos sofridos por Lula. O ex-presidente foi representado pelos advogados Valeska Zanin Martins, Cristiano Zanin Martins e Geoffrey Robertson.