Os deputados estaduais que compõem a nova Legislatura estão simulando, para a imprensa e para o público, uma “disputa” em torno dos cargos de presidentes das 17 comissões permanentes que compõem a estrutura da Assembleia.
O jogo é puro faz de conta. Qualquer que conheça minimamente os meandros do Poder Legislativo sabe que, de fato, só duas comissões existem e têm funcionamento real na Casa: a de Constituição e Justiça e a de Finanças (e esta última, mesmo assim, só se reúne algumas poucas vezes por ano). As demais são uma ficção.
Mas por que os deputados “brigam” para presidir as comissões? Por um lado, para dar a impressão de que estão interessados em trabalhar. Por outro, para agregar uma titulação empolada ao currículo. Imagine só um deputado se apresentando pomposamente como presidente da Comissão de Organização dos Municípios, que, na verdade, não promove uma sessão há anos e anos e ninguém sabe para que serve.
Em tese, o comando de uma comissão poderia se transformar em um forte instrumento para a ação parlamentar de qualquer membro da Assembleia, mas… só em tese. Os deputados estaduais goianos mal comparecem às sessões regulares na Assembleia – um levantamento do jornal O Popular mostrou que, nos últimos quatro anos, a falta de quorum impediu a realização de sessões que correspondem a um ano de trabalho da Assembleia.
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