A disputa pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás ganha repercussão nacional neste domingo: veja matéria postada agora Há pouco pelo site nacional de notícias Brasil 247:
Marcada para novembro, a eleição da OAB Goiás promete ser a mais disputada dos últimos anos. A possibilidade de quebra de um ciclo de poder do grupo OAB Forte, três grupos no páreo e a ascensão de candidatos oposicionistas esquentam os bastidores da entidade classista.
Este cenário fez com que a pré-campanha já começasse com dois candidatos sendo acusados de propaganda irregular. Lúcio Flávio é o candidato que se apresenta como sendo da oposição e já tem até site. A página “Amigos do Lúcio Flávio” está no ar e apresenta o advogado como “palestrante, namorado, apreciador de futebol e de uma boa conversa regada a cerveja gelada”.
O tom informal do site, porém, não sensibiliza os rivais, que acusam Lúcio Flávio de propaganda irregular. O estatuto da OAB permite campanha oficial a apenas 30 dias da votação. Lúcio Flávio nega ser o criador da página que o apoia e joga a responsabilidade para os “colegas advogados”.
O atual presidente da Ordem e também candidato, Enil Henrique, se enveredou por outra mídia. Duas rádios de grande porte de Goiânia reproduzem spots publicitários narrados por Enil. Especialistas ouvidos pelo site A Redação disseram que as peças certamente podem configurar propaganda extemporânea.
Os spots até se enquadram na chamada publicidade institucional, mas advogados ouvidos pelo 247 explicam que a proximidade da eleição pode fazer com que Enil Henrique seja acusado de usar a máquina da OAB em benefício de sua candidatura. Oficialmente, o atual presidente não se assumiu candidato.
Enil integra o grupo OAB Forte e assumiu a entidade depois da saída de Henrique Tibúrcio para assumir cargo no governo estadual no começo deste ano. Ex-vice-presidente da OAB, o advogado Sebastião Macalé, renunciou ao cargo denunciado um rombo de R$ 13 milhões na entidade, que tinha como diretor financeiro o agora presidente Enil Henrique.
Enil hoje não tem apoio de líderes icônicos do grupo OAB Forte, como Felicíssimo Sena e Miguel Cançado. Os dois defendiam a oficialização imediata da candidatura de Enil, que preferiu protelar o anúncio. Sena e Cançado, então, se distanciaram do atual presidente e bancam a candidatura de Flávio Buonaduce.