Em uma das muitas greves que abalaram a sua administração, o então governador Maguito Vilela (1995-1998) recusou a conceder um aumento salarial aos policiais alegando que isso corresponderia “a salgar carne podre”.
Essa frase Maguito disse, de viva voz, em uma entrevista ao apresentador Paulo Beringhs, na TV Serradourada – e jamais será esquecida, como é óbvio, pela sua contundência.
Maguito e os governos do PMDB foram cruéis com o funcionalismo público, que eles responsabilizavam por todas as mazelas do Estado. Não havia planos de cargos e salários, o pagamento da folha se estendia até o dia 20 do mês seguinte e as condições de trabalho eram as piores possíveis.
Por isso, são de se estranhar as críticas que o deputado federal Daniel Vilela, filho de Maguito, resolveu atirar contra o governador Marconi Perillo. Daniel, nascido em berço de ouro, não conhece a história de Goiás, mas, com certeza, já ouviu falar sobre o tratamento que os governos do seu partido, o PMDB, davam ao funcionalismo.
Em quase 20 anos vencendo eleições, Marconi sempre foi bafejado com o apoio dos servidores públicos, que preferiram apoiar o sufragar o seu nome a correr o risco da volta dos peemedebistas ao poder. Maguito e Iris Rezende foram derrotados duas vezes, cada um, pelas campanhas de Marconi com a forte participação do funcionalismo.