segunda-feira , 25 novembro 2024
Goiás

2015 entra para história como ano em que a oposição (quase) foi aniquilada em Goiás

Para a oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB), a melhor forma de definir 2015 é: uma sucessão de trapalhadas e manchetes negativas que a fez quase ser aniquilada em Goiás.

Foi o ano em que a população recebeu provas incontestes da incompetência do prefeito Paulo Garcia (PT), que inaugurou um parque onde um rapaz morreu eletrocutado ao encostar em um poste; que reajustou o IPTU em até 25%; que exterminou centenas de árvores; que reduziu o funcionamento da prefeitura a meio expediente; e que baixou um decreto que cortou direitos dos servidores a três dias do Ano Novo (relembre clicando aqui).

Foi o ano em que o “deputado magya” Daniel Vilela (PMDB) deixou de lado o mandato de parlamentar para dedicar-se à vida de piadista no Twitter, entregue a comentários debochados que escancararam a sua falta de maturidade política. E foi também o ano em que Daniel e o seu pai, o prefeito Maguito Vilela, reduziram o PMDB a pó ao se envolverem em uma guerra com o ex-governador Iris Rezende pelo comando do partido, que até hoje não teve desfecho.

O PT deu mais alguns passos na direção do abismo em Goiás, prejudicado pela falta de bons quadros no Estado e pela crise que manchou a imagem do partido no plano nacional. Encerrou o ano com apenas 11 dos 16 prefeitos que havia eleito em 2012. Pularam fora do barco dos prefeitos de Caldazinha, Goiandira, Itauçu, Silvânia e Teresina. A bancada do PT na Câmara Municipal de Goiânia, que tinha quatro vereadores, hoje tem só um: Carlos Soares, irmão do mensaleiro Delúbio Soares.

2015 foi o ano em que o senador Ronaldo Caiado (DEM) “bolsonarizou” de vez. Ele se consolidou como um político histérico, que aposta em frases de efeito para ganhar espaço no noticiário e que perdeu credibilidade. Demonstrou não ter o equilíbrio que o cargo de senador exige, xingando um ministro durante uma audiência no Congresso. Em Goiás, o seu partido fechou o ano com 44,4 mil filiados, mais de mil a menos do que tinha em 2011. É a segunda legenda que mais desidratou no Estado nos últimos quatro anos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), perdendo apenas para o PMDB.

Na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais deixaram de lado a proposta de se unirem para enfraquecer o governo e dedicaram-se apenas aos seus projetos pessoais. Bruno Peixoto (PMDB), por exemplo, faz até o impossível para manter os seus cargos na prefeitura de Goiânia, apesar do clima de rompimento entre o seu partido e o prefeito Paulo Garcia (PT). Adib Elias (PMDB) só pensa em Catalão; Ernesto Roller (PMDB), em Formosa; e Paulo Cézar Martins (PMDB), em Quirinópolis.

Não só foi o ano em que o PMDB de Goiás promoveu a sua “caça às bruxas”, com a expulsão de prefeitos que não apoiaram Iris na eleição de governador em 2014, mas também foi o ano em que o partido traiu Paulo Garcia, o pupilo que Iris elegeu três anos atrás. Em um ato de oportunismo ousado, o velho cacique decidiu que vai se apresentar como candidato de oposição ao seu amigo Paulo na disputa eleitoral desse ano – tentando confundir a cabeça do goianiense.

Para disfarçar o arcaísmo das suas ideias, Iris investiu na aparência, para parecer mais remoçado. Encheu a cara de botox, tirou rugas e fez luzes no cabelo.

Em 2015, políticos do PT e do PMDB em Goiás quedaram-se em silêncio quando provocados a comentar a enxurrada de denúncias de corrupção que pesaram sobre os ombros da presidente Dilma Rousseff (PT), dos ministros do Governo Federal, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

Em resumo, foram 365 dias de péssimas notícias. Foi o ano em que a oposição mostrou estar mais perdida do que nunca.

 

 

 

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