O Jornal Opção analisa na edição deste domingo a vitória do deputado federal Daniel Vilela sobre o “grupo” de Iris Rezende, na eleição para definir o novo presidente do diretório estadual do PMDB.
“Foi acachapante para Iris”, começa o semanário. “Uma derrota real e avassaladora”, continua, arrematando: “O PMDB envelheceu com Iris Rezende e seus aliados mais próximos, todos com idades superiores a 70 anos. Mas o problema não é a velhice física — que é incontornável para todos (note-se que, aos 84 anos, Fernando Henrique Cardoso permanece lúcido, escrevendo livros, atualizando-se. Há jovens que são mais velhos do que certos velhos). A questão central é que as ideias do partido encaneceram junto com Iris Rezende”.
A análise continua apontando para o isolamento pessoal e político de Iris – patenteada pelo minúsculo número de votos atribuídos ao seu candidato, o ex-prefeito Nailton Oliveira. Segundo o Jornal Opção, nem mesmo “amigos íntimos Iris tem mais. Restaram três ou quatro — sabe-se que os amigos do peito do ex-prefeito de Goiânia são contáveis nos dedos de uma mão, dada sua visão utilitarista das relações pessoais”.
Visão utilitarista, no caso, significa que Iris não se abre para ninguém e tenta manipular a seu bel-prazer o que deveria ser relacionamento de amizade e companheirismo. Resultado: no crepúsculo da sua carreira política e da sua vida, transformou-se em um solitário.