Deveriam dar o exemplo, mas…
Os membros do Ministério Público – federal e estaduais – estão na ponta no ranking das profissões mais bem pagas do país, atrás apenas dos titulares de cartório.
É o que aponta levantamento do pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), José Roberto Afonso, com base nos dados do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2014.
O levantamento foi publicado na última edição do jornal Valor Econômico, mas não é novidade: já se sabia que, graças a uma série de penduricalhos e manobras estrategicamente previstas em leis e regulamentos administrativos, procuradores e promotores estaduais e federais conseguem esticar seus salários para valores astronômicos – desrespeitando o teto constitucional que teoricamente limitaria seus vencimentos ao equivalente ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Um exemplo é o auxílio-moradia, graças ao qual, em Goiás, por exemplo, procuradores federais e promotores estaduais recebem entre R$ 4 e 5 mil reais para morar nas suas próprias residências.