O cenário político estadual vive uma febre: pré-candidatos às eleições de 2018 e chefes de partidos políticos desdobram-se em declarações anunciando que estão preocupados com ideias, propostas, planos de governo e mesmo uma agenda de futuro, tudo para apresentar ao eleitorado na campanha que se avizinha.
Bom.
Mas o fato é que, até agora, debaixo de tanto falatório sobre a elaboração de projetos para Goiás, nada de concreto apareceu. Nenhum político conseguiu, ainda, colocar na mesa de discussões sequer um raciocínio simples capaz de ultrapassar os limites do dia a dia no Estado.
O vice-governador José Eliton, candidato da base aliada do governador Marconi Perillo, e o deputado federal Daniel Vilela, pré-candidato do PMDB, já formaram grupos de trabalho que, segundo eles, vão formatar seus planos de governo. Nesta semana, o senador Ronaldo Caiado colocou no ar um site, demagogicamente chamado de Para Defender Goiás, destinado a “ouvir” a sociedade e colher sugestões para o seu plano de governo. E o PSD, partido que se encontra na base aliada de Marconi, mas ensaia independência, vai iniciar um programa de reuniões e debates em todo o Estado, também para discutir a sua “agenda de futuro”, sob coordenação do deputado federal Thiago Peixoto.
É consolador verificar que os nossos políticos estão tentando sair do marasmo e esticar os olhos um pouco mais adiante. Mas, por enquanto, tudo não passou do plano das boas intenções.