Uma série de reportagens, em veículos de primeira linha da imprensa nacional como a Folha de S.Paulo e o portal da revista Veja, revela neste domingo que foram detectados erros e contradições graves nas delações dos ex-executivos da Odebrecht.
Segundo a Folha de S.Paulo, os trechos que se referem aos governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Geraldo Alckmin, de São Paulo, são um forte exemplo da inconsistência de algumas das delações.
“A investigação contra o governador goiano é embasada em 4 delatores que apresentaram três versões distintas. Um deles falou em caixa dois sem apresentar documentos para corroborar a acusação”, diz textualmente a Folha.
O jornal traz um quadro com as três versões apresentadas pelos delatores da Odebrecht. Na duas primeiras, de Fernando Ayres e Alexandre Barradas, o governador teria recebido, em 2010, R$ 2 milhões em caixa dois com o codinome “Calado” e, em 2014, R$ 8 milhões com o codinome “Master”.
Na segunda, de João Pacífico, Marconi teria recebido, em 2010, R$ 200 mil em caixa dois e, em 2014, R$ 2,55 milhões. Já na terceira, de Ricardo Ferraz, teria recebido, sob os codinomes “Patati” e “Padeir”o, R$ 500 mil em caixa dois em 2010 e R$ 2,75 milhões em 2014. Nenhum dos delatores apresentou qualquer prova ou evidência, além dos testemunhos contraditórios.