Cada vez mais dividida, a oposição em Goiás viverá um dia importante neste sábado. Separados por 403 km de asfalto, os dois pré-candidatos a governador, Daniel Vilela (PMDB) e Ronaldo Caiado (DEM), realizam encontros nos municípios de Jussara e Cidade Ocidental, respectivamente. Será possível saber quem são os aliados do filho do ex-governador Maguito Vilela (PMDB) e quem está ao lado do senador na disputa pelo governo, em 2018.
Caiado gaba-se de ter o apoio de legendas nanicas, com o PPL, PRTB, PHS e PMN, mas representantes destes mesmos partidos volta e meia participam de eventos organizados pela equipe de Daniel no interior do Estado. Neste sábado, estarão entre a cruz e a espada, impelidos a decidir de que lado estão. Presidentes de pelo menos cinco destes partidos têm empregos na prefeitura de Goiânia, que é administrada por um político do PMDB que reserva, para si, o direito de decidir quem vai apoiar só aos 45 minutos do segundo tempo: Iris Rezende.
Os presidentes de partido que ocupam sinecuras na prefeitura são José Netho (PPL), Denes Pereira (PRTB), Fernando Meirelles (PTC), Eduardo Macedo (PMN) e Alexandre Magalhães (PSDC). Destes, três estão no primeiro escalão: Meirelles (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo), Magalhães (Agência de Turismo e Lazer) e Pereira (Comurg).
Nenhum deles assume posições claras a respeito do assunto que divide a oposição no momento: a data da escolha de um candidato para unir a oposição em Goiás (se é que o bloco conseguirá marchar unido para a disputa contra os governistas). Caiado propõe a realização de uma convenção informal até maio, que use como critério pesquisas de intenção de voto feitas naquele instante. Daniel defende que o debate se exaura apenas no último dia antes da convenção formal e afirma que pesquisas quantitativas são incapazes de dizer qual perfil de candidato o eleitor deseja (é apenas recall de eleições anteriores).
Texto publicado no site GBrasil