A negociação política para barrar duas denúncias contra o presidente Michel Temer tem um custo que pode chegar a R$ 32,1 bilhões. Esta é a soma de diversas concessões e medidas do governo negociadas com parlamentares da Câmara entre junho e outubro, desde que Temer foi denunciado pela primeira vez, por corrupção passiva, até a votação da segunda acusação formal, pelos crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça – o que está previsto para esta quarta-feira.
Parte desta imensa fortuna contemplou o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que foi o goiano que mais teve emendas liberadas pelo governo Temer no período. Na primeira votação foi R$ 1,7 milhão mais uma audiência do presidente com os prefeitos de Catalão, Adib Elias, e de Rio Verde, Paulo do Vale, ambos do PMDB.
Para esta segunda denúncia, o custo do voto de Daniel teria sido de R$ 2,45 milhões, conforme nota publicada na coluna Giro, do jornal O Popular desta quarta-feira.
É o famoso toma-lá-dá-cá, contra o qual protestamos nas ruas em 2015.