A última quinta-feira, 9 de fevereiro, foi um dia histórico para as comunidades quilombolas do Brasil.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar a investida covarde do senador Ronaldo Caiado e do seu partido, o DEM, contra estes descendentes de escravos, que fugiram dos seus senhores e se esconderam em refúgios de difícil acesso.
Representante de uma família que era dona de muitos escravos, Caiado subscreveu Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) em 2003 para derrubar o decreto que regulamenta a demarcação de terras, feita hoje num trabalho conjunto entre o Ministério da Cultura e o Incra.
Apenas um ministro manifestou-se a favor do recurso: Cézar Peluzo, já aposentado. Manifestaram-se contra Rosa Weber, Cármen Lúcia, Celso de Mello, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.