Uma vez provado que o presidente estadual do PSD e ex-deputado Vilmar Rocha é incapaz de chegar ao Senado através do voto, a estratégia dele agora é arrematar a suplência de Marconi Perillo (PSDB), torcer para ele ser eleito e virar ministro em um eventual governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Este é o acordo que está sendo costurado no PSD para que o partido chegue à convenção do dia 3 de agosto com a decisão tomada a respeito de que rumo seguir na eleição. Tanto Vilmar, crítico circunstancial do governo, quanto o resto dos deputados e prefeitos entendem que travar uma disputa em convenção seria ruim para o partido.
Ciente de que não haveria espaço na base aliada para ele disputar uma vaga no Senado, Vilmar dedicou os últimos seis meses a atacar o governador José Eliton (PSDB). Tentou como pôde levar o partido para oposição, preferencialmente para a chapa de Daniel Vilela (MDB). Mas a ação dos parlamentares – que são quem realmente têm voto – impediu a manobra.
A suplência de Marconi é vista há muito tempo como a recompensa que Vilmar queria para ficar calado, mas Vilmar manteve a birra para não parecer que negociava com vista apenas aos seus interesses pessoais.