“Sacanagem”. Esta é a palavra que o coordenador do Sindicato Municipal dos Servidores Municipais, Antônio Gonçalves, usou nesta quinta-feira para resumir o projeto de reforma da previdência encaminhado pelo prefeito Iris Rezende (MDB) à Câmara de Vereadores. Antônio usou a tribuna da Casa para pedir aos legisladores que rejeitem a proposta.
A “sacanagem”, segundo ele consiste em chantagear o funcionalismo público dizendo que sem a reforma, a prefeitura não concederá data-base (suspensa há dois anos) e pode até não pagar o salário da categoria. Na opinião de Antônio, propor aumento da alíquota de contribuição de 11% para 14% do salário é injusto com os servidores porque a culpa pela dívida milionária do Instituto de Previdência (IPSM) não é dos servidores, e sim “das gestões do MDB”.
“Defendemos mudanças que promovam solução estrutural para o problema, não de forma casuística, açodada”, afirma o coordenador do Simsed. “Este é um projeto que não passou por amplo debate. Até agora, só um lado, o lado da prefeitura, foi escutado. Tivemos uma única audiência pública e ela foi realizada no período de férias, ou seja: com muitos de nós viajando”, reclamou Antônio.
“O servidor não pode ser responsabilizado pela incompetência e crime desses governantes. Temos que cobrar dos verdadeiros responsáveis pelo caos na previdência”, completou o representante do funcionalismo. O projeto está, neste momento, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.