O acordo sobre a revisão dos incentivos fiscais nem foi aprovado em segunda votação pela Assembleia Legislativa, mas a percepção geral no setor produtivo do Estado é que as mudanças foram definidas de forma açodada e que os efeitos sobre a economia goiana em 2019 são incertos, mas certamente negativos. Resta saber, na prática, o tamanho do estrago.
O senador e governador eleito Ronaldo Caiado fez prevalecer a narrativa de que os incentivos são privilégios fiscais em vez de benefícios econômicos e os empresários e a Adial – que mediou as negociações pelo setor produtivo – estão agora com a faca no pescoço. Terão de rever investimentos, replanejar a produção e, muito provavelmente, enxugar custos com pessoal, levando às demissões.
Outra consequência bem provável é o repasse de parte das perdas para os preços, para tentar garantir lucros. Ou seja, é o bom e velho consumidor quem vai acabar pagando parte dessa conta que vai garantir o R$ 1 bilhão a mais de caixa para o governo Caiado.