A julgar pelas primeiras entrevistas do futuro secretário de Segurança Pública, Rodney Rocha Miranda, as políticas públicas para o setor não terão nenhuma novidade a partir do ano que vem. As supostas novas fórmulas apresentadas pelo secretário são mais do mesmo: aumentar o efetivo deslocando policiais das atividades administrativas para as ruas, estimular o retorno de oficiais da reserva e ampliar o número de vagas no sistema prisional, aproveitando, inclusive, obras em andamento iniciadas pelos governos de José Eliton (PSDB) e Marconi Perillo (PSDB).
“Nós temos algumas experiências de aproveitamento de policiais da reserva para funções administrativas, para funções fora do policiamento ostensivo, para liberar combatentes. Tivemos boas experiências disto em Pernambuco e também no Espírito Santo”, disse Rodney Miranda em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 12. “Acho que com a implantação deste trabalho podemos conseguir um incremento de 10 a 15% de policiais na rua”. Essa ação já é feita em Goiás.
O novo secretário disse que, a partir dessa primeira etapa, “veremos quais são as necessidades e conforme capacidade do Estado começaremos a programar concursos pontuais”. Portanto, continuar dando andamento às políticas e programas atuais.
Acerca das facções em atuação nos presídios, permanentemente monitoradas pelas forças de segurança do Estado, o futuro secretário afirma: “Este é um trabalho que já está sendo feito pelas inteligências das polícias e do Sistema Prisional. Eu já recebi um diagnóstico bem detalhado e a situação é preocupante, mas não é nada desesperadora. Temos que melhorar os sistemas de controle e vamos trabalhar nisso. A situação das facções é nacional e eu tive a honra de ser um dos elaboradores do texto do Sistema Único de Segurança e eu acredito que é o caminho”. Mais uma vez, continuar o que está sendo feito em Goiás.