O surto do senador Ronaldo Caiado, nesta terça, em Brasília, quando defendeu a renúncia de Michel Temer para viabilizar a realização imediata de eleições presidenciais diretas, fez uma vítima inesperada – em Goiânia.
Trata-se do prefeito eleito Iris Rezende, que arquitetava “nomear” Caiado como seu procurador junto ao governo federal, para liberar verbas para investimentos em obras durante a sua gestão no Paço Municipal.
Na visão de Iris, Caiado teria projeção como membro da base parlamentar de sustentação do presidente Michel Temer e, nessa condição, falaria grosso como defensor de generosos repasses federais para a administração da capital.
Deu zebra. As declarações de Caiado defendendo a renúncia de Temer repercutiram como uma espécie de rompimento com o Palácio do Planalto, tanto que ele foi contestado com dureza pelo líder do governo no Congresso Nacional, senador Romero Jucá – que acusou o ruralista goiano de agir com vistas à sua própria candidatura a Presidência da República.
Caiado, a partir de agora, é persona non grata junto ao presidente Michel Temer.