Há uma onda de antipolítica crescendo na política brasileira, que tem como símbolo maior o prefeito João Doria, de São Paulo, eleito com um discurso inovador e totalmente fora dos cânones tradicionais.
O momento parece oportuno para os chamados outsiders, que se propõem candidatos com base em uma “nova prática diante de tudo aquilo que está aí” e se desgarram dos conchavos e do agradável guarda chuvas das verbas públicas, cujo manuseio, hoje, é objeto da desconfiança geral da população.
Em Goiás, não há sinais à vista de nenhum outsiders. Os candidatos que já se apresentaram às eleições do ano que vem – o vice-governador José Eliton, o deputado federal Daniel Vilela e o senador Ronaldo caiado – são todos de perfil clássico, afeitos aos esquemas mais tradicionais da política estadual. Tanto que, no momento, estão todos eles empenhados em conquistar partidos e garantir o apoio de prefeitos em detrimento da discussão de ideias para o futuro ou modelos de governo.
Pode surgir um outsider em Goiás? Parece difícil, por enquanto.