Com o programa “Todos pela Habitação”, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, lançou nesta semana um movimento nacional para reduzir o déficit por moradias no Brasil, que hoje é de mais de 6 milhões de casas. A prioridade é atender comunidades carentes e a meta – ambiciosa – é de entregar pelo menos 1 milhão de unidades até o fim de 2018.
Para ampliar o alcance do programa, o ministro estuda novos formatos de parceria com a iniciativa privada. Baldy afirma que o movimento não se resume a entregar moradias, mas visa também garantir condições para que as famílias consigam pagar as contas de água, luz, gás, internet, entre outros. Estuda-se a possibilidade de estabelecer “tarifas sociais”.
“Esse será um projeto estimulado pelo governo, mas assumido pela iniciativa privada. Será uma Organização Social de apoio e cooperação com parceiros privados em forma de um grande movimento para levar dignidade de vida e cidadania não somente aos agraciados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, mas às comunidades carentes espalhadas pelo país”, explicou o ministro.
Segundo Baldy, a Organização Social será voltada para estimular estudos sobre habitação, divulgar dados para as prefeituras, criar rede de Arquitetos Comunitários e mobilizar apoio em todo Brasil para trazer qualidade de vida e socialização. “O nível de habitações em favelas segue crescendo de forma vertical e horizontal sem parar. A precariedade habitacional no Brasil gera riscos de vida e favorece que a criança abandone a Escola, que o jovem fique pouco em casa e que as relações familiares se desagreguem, essa situação precisa ser trabalhada de forma estratégica”.
O Todos Pela Habitação possibilitará que as famílias beneficiadas possam ter uma melhor adaptação nas novas condições de vida com uma casa própria e consequentemente diminuirá o risco de inadimplência no pagamento das contas de serviços como energia, água e gás em uma única tarifa. O programa também ajudará no combate ao poder paralelo e ilegal, além de atrair empresas com benefícios fiscais e de logística para empregar os moradores das regiões. Com isso, o projeto vai possibilitar o resgate da dignidade de vida da população que não necessita apenas de uma casa própria, mas de todas as condições para viver com excelência.