Enquanto o senador Ronaldo Caiado desapareceu da mídia nacional, cansada das bravatas e factoides do líder ruralista goiano, o governador Marconi Perillo está crescendo e adquirindo posição de destaque no debate político sobre os rumos do país.
Em seis meses como senador, Caiado chegou ao ápice da fanfarronice ao anunciar a “convocação” do ex-presidente do Uruguai, José Mujica, para falar no Senado Federal sobre trechos de um livro em que diz ter ouvido do ex-presidente Lula que o mensalão foi necessário para a governabilidade do Brasil. Mujica, naturalmente, não deu satisfação e deixou que a proposta de Caiado passasse ao folclore do Congresso Nacional.
Enquanto isso, o governador Marconi Perillo passou a liderar um movimento dos governadores do Centro-Oeste para realçar os interesses na região e discutir desde uma agenda anticrise. Com a reunião dos governadores com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, o destaque conferido a Marconi pelos principais veículos de comunicação do país foi exponencial.
Não à toa, o editorial do Jornal Opção deste domingo diz que ““Marconi ganhou projeção porque teve a decência de reconhecer que só haverá verdadeiros avanços em Goiás com o auxílio do governo federal. Por isso, o governador não entrou na mesmice zumbi de quem é contra o governo Dilma e destoou do discurso até mesmo do seu próprio partido”, resume o texto.
O governador goiano está equiparado, hoje, ao patamar de Geraldo Alckmin, de São Paulo. Os dois tucanos passaram a ser ouvidos em tudo o que diz respeito à governabilidade e aos interesses estaduais em contraponto com as decisões do governo federal.