Informações oficiais divulgadas nesta semana pela Secretaria da Fazenda de Goiás apontam que, no Estado, a receita nominal de tributos cresceu 8,57% de janeiro a agosto de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado – um salto de R$ 5,5 bilhões para R$ 6 bilhões. Mesmo quando descontada a inflação no período, há um crescimento real de 1,40%.
Os números desmentem o discurso catastrofista, que apontava para a certeza de uma queda da receita tributária em Goiás, em função da recessão que tomou conta do país.
Já o governo federal viu o recolhimento de impostos crescer bem menos que a inflação, de R$ 771 bilhões em 2014 para R$ 805 bilhões em 2015. Apesar de apontar um crescimento em termos absolutos, ao se aplicar a inflação do período evidencia-se a retração de 3,68% na arrecadação. Números que não eram vistos há 5 anos.
Para a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, a comparação entre os resultados do Estado e do País refletem a diferença entre a condução das políticas fiscais dos dois governos. Aqui, o ajuste fiscal se iniciou ainda no ano passado, com o corte de comissionados e a redução da estrutura de secretarias e se intensificou em diversas frentes ao longo do ano. Enquanto isso, o governo federal sequer conseguiu diminuir o número de ministérios. Em Goiás, também houve uma redução de gastos com custeio da máquina pública na ordem de R$ 700 milhões ou quase 20%.